Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil

Um estudo conduzido pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que, nos últimos 40 anos, o número de crianças e adolescentes obesos, na faixa etária entre cinco e 19 anos, aumentou dez vezes em todo o mundo.

Se nada for feito em termos de prevenção, em 2022 haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave.

Segundo a nutricionista Sophie Deram, muitas crianças que estão na obesidade ou com sobrepeso vêm de um ambiente familiar que já tem uma relação conturbada com os alimentos e com o próprio corpo, muitas vezes, com histórico de dietas fracassadas.

Por isso afirma que está nas mãos dos adultos responsáveis (pais, mães, tios, avós, professores, cuidadores, entre outros) rever o estilo de vida e tentar mudar alguns hábitos para o bem da saúde de todos.

Ela explica em seu canal que o princípio básico é que criança e adolescente não têm que fazer dieta restritiva.

Muitos pensam que o segredo para emagrecer é “fechar a boca e malhar”, mas isso é totalmente equivocado. Especialmente nessa fase da vida em que o corpo depende de uma boa alimentação para se desenvolver!
Passar fome e comer menos do que o organismo está pedindo é ruim tanto no aspecto físico quanto psicológico.

Está comprovado cientificamente: fazer dieta aumenta a fome, diminui o metabolismo e faz com que a criança fique cada vez mais obcecada por alimentos.

Ela também pode acabar perdendo a noção de fome e saciedade, já que é privada de comer quando tem vontade. Dessa forma, também pode vir a desenvolver um comer emocional.

Além disso, é bom saber que o comportamento é tão importante quanto o nutriente! Comer em paz e respeitando a fome é tão importante quanto comer legumes e frutas. Se o seu filho leva uma bronca toda vez que quer repetir o prato, acaba associando a fome e a comida a sentimentos negativos, como culpa e ansiedade.

Isso eleva o risco de ele passar a comer escondido, tentar fazer dieta por conta própria, se privar de comer e até desenvolver um transtorno alimentar. Outra coisa importante para criar seu filho tendo uma boa relação com a comida é tirar um pouco do peso das costas dele.

Muitas crianças que estão na obesidade ou com sobrepeso vêm de um ambiente
familiar que já tem uma relação conturbada com os alimentos e com o próprio corpo, muitas vezes, com histórico de dietas fracassadas.

Algumas dicas que fazem toda a diferença e podem trazer resultados excelentes em poucas semanas:
• Comer junto à mesa e com a TV desligada;
• Comer mais comida fresca e caseira;
• Ter mais alimentos frescos ou minimamente processados à disposição:variedade de frutas expostas, cortadas e já lavadas; nozes, castanhas e amêndoas;
bolos e biscoitinhos caseiros, jarras de água pura ou saborizada com frutas; chás
naturais, iogurte natural, queijos, etc.
• Ter menos alimentos industrializados à disposição: iogurtes aromatizados e
sucos adoçados, bolos industrializados, bolachas recheadas, doces em excesso,
refrigerante, etc.

• Ter uma rotina de vida e alimentar: horários para comer, brincar, dormir e se
não conseguem fazer as principais refeições do dia juntos à mesa, pelo menos uma
no final de semana! Isso já ajuda muito!
• Ter um sono de qualidade, com hora pra deitar: isso influencia muito a saúde
e o peso;
• Menos TV, tablet, celular e videogame. Mais brincadeira, pular corda, andar
no parque, brincar com cachorro, fazer piquenique ao ar livre, praticar esportes,
nadar…
• Tirar o foco só do peso, para não criar uma pressão ainda maior. Falar de
saúde, da importância de se alimentar bem e ser ativo!

Se você quer saber tudo sobre a obesidade infantil, recomendamos o documentário
Muito Além do Peso, que está disponível no Youtube.

 

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