30- DE AGOSTO DIA NACIONAL DE CONCIENTIZAÇÃO SOBRE A
ESCLEROSE MULTIPLA.

O que é?
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica. Muitos nervos do sistema nervoso central são circundados por camadas protetoras feitas de uma substância chamada mielina. Em pessoas com EM, por motivos
desconhecidos, surgem lesões inflamatórias que destroem essas camadas e
interferem na transmissão dos impulsos nervosos, podendo causar graus
variáveis de incapacidades.

A manifestação da doença varia muito. Enquanto alguns doentes têm crises
frequentes com recuperação nos intervalos, conhecida como Esclerose Múltipla recidivante-remitente (ou recorrente-remitente); em outros os sintomas continuam a se agravar sem recuperação, e o distúrbio é denominado EM progressiva crônica.

Quais são os sintomas?
Os primeiros sintomas de Esclerose Múltipla surgem em pessoas jovens, após os 20 anos, e dependem dos nervos lesados. Não há uma crise típica – os sintomas podem durar dias ou semanas e depois desaparecer por meses ou anos.

O nervo óptico, que transmite informações visuais dos olhos para o encéfalo, é quase sempre afetado, causando turvação da visão e dores nos olhos. Se houver lesão grave do nervo, pode ocorrer cegueira completa.

A lesão de nervos em outras partes do encéfalo e da medula pode resultar emfraqueza em qualquer parte do corpo. As pessoas com EM também podem apresentar desequilíbrio e tontura.
Além disso, o envolvimento dos nervos que suprem a bexiga provoca problemas para urinar; como urgência frequente, e, às vezes, até incontinência. Os homens podem ter dificuldade para atingir uma ereção. Muitas pessoas com EM também sofrem com fadiga frequente; e, à medida que a doença progride, é comum haver problemas de concentração, memória (sobretudo de curto prazo) e depressão.

Como é diagnosticada?
O diagnóstico de Esclerose Múltipla é feito por um neurologista com o auxílio de exames clínicos quando há dois ou mais episódios, com intervalo de algumas semanas, envolvendo diferentes partes do sistema nervoso central.

Em geral, a ressonância magnética mostra áreas anormais no encéfalo, o que pode sugerir EM. Também é possível medir como as mensagens seguem ao longo dos nervos, usando testes denominados respostas evocadas visuais.

Quais são as opções de tratamento?
Apesar dos avanços das pesquisas, ainda não há cura para a Esclerose Múltipla e os tratamentos disponíveis buscam diminuir a ocorrência das crises e, consequentemente, desacelerar a progressão da doença ao longo dos anos.
Os medicamentos prescritos também visam o alívio dos sintomas para a melhora da qualidade de vida do paciente.
Além disso, terapias complementares como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicoterapia exercem papéis fundamentais para ajudar a manter a mobilidade, independência e harmonia mental do paciente Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM),